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Biopolítica, racismo e vida nua: quando o sol não nasce para todos
Author(s) -
Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth,
André Giovane de Castro
Publication year - 2021
Publication title -
revista quaestio iuris/quaestio iuris
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1807-8389
pISSN - 1516-0351
DOI - 10.12957/rqi.2021.50843
Subject(s) - humanities , racism , sociology , philosophy , theology
O artigo aborda o tema da biopolítica e do racismo de Estado em face da população negra no Brasil. A problemática envolve a forma pela qual o racismo, como instrumento de justificação da morte direta ou indireta em uma sociedade marcada pela biopolítica, afeta os negros na Contemporaneidade em relação à violência e à persecução penal. A hipótese originária deste trabalho acadêmico evidencia a utilização do racismo como indispensável à eliminação, via morte e segregação, dos negros considerados como raça impura, ruim, perigosa e desnecessária para os fins da sociedade e do Estado. A investigação científica, à luz do método fenomenológico-hermenêutico, da abordagem qualitativa, da técnica exploratória e dos procedimentos bibliográfico e documental, objetiva estudar criticamente a formação e a vinculação da biopolítica com o racismo, o modo de realização do racismo frente aos negros, principalmente no Brasil, e a situação da população negra sob a perspectiva da biopolítica. A pesquisa, por fim, concebe a existência dos negros atrelada à condição de homo sacer, retratada pela vida nua, desprovida de direitos humanos e eliminável do tecido político-social, no disseminado estado de exceção em vastos campos contemporâneos. 

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