A ordem no olho da rua: uma experiência ética e estética no Rio de Janeiro

O presente artigo pretende reunir algumas produções artísticas pensadas a partir da prática de se mover pelas ruas do Rio de Janeiro, com o intuito de estabelecer alguns diálogos entre autores das duas primeiras décadas dos séculos XX e XXI. Debruçando-me sobre essas obras, meu objetivo é refletir como as transformações experimentadas pela metrópole aparecem nessas obras nas referidas quadras de tempo, bem como discutir a presença da questão do ordenamento urbano, tão premente na Belle Époque carioca e ainda manifesta nos dias de hoje. Para além de um determinado eixo temático, finalmente, proponho-me a identificar a insistência de alguns atributos nos trabalhos que brotam da fruição dos espaços públicos, como a irreverência, o espanto e o afeto, entendendo a experiência do cotidiano na rua como uma oportunidade invulgar de proximidade.