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Reconhecibilidade, percepção e a partilha do sensível: Honneth, Rancière e Butler
Author(s) -
Danielle Petherbridge,
Amanda Soares de Melo,
Gabriel Valim Alcoba Ruiz,
Kadú Firmino,
Michele Teixeira Teixeira Bonote,
Nathalie Bressiani
Publication year - 2020
Publication title -
cadernos de filosofia alemã
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2318-9800
pISSN - 1413-7860
DOI - 10.11606/issn.2318-9800.v25i3p185-207
Subject(s) - humanities , philosophy , sociology , epistemology
Este artigo explora a relação entre percepção e reconhecibilidade nos trabalhos de Honneth, Rancière e Butler. O termo reconhecibilidade é utilizado para indicar o processo perceptivo que necessariamente antecede um ato normativo ou ético de reconhecimento e que fornece as condições que tornam o reconhecimento possível. A noção de reconhecibilidade aponta o fato de que a percepção não corresponde a uma mera observação desinteressada do campo perceptivo e indica que tal apreensão já é valorativa, uma vez que outras pessoas são imediatamente distinguíveis de outros objetos. Quando a reconhecibilidade fracassa, não é porque a outra pessoa não foi vista no sentido literal, mas sim porque ela foi intencionalmente ignorada ou invisibilizada. A sugestão que faço aqui é a de que, embora possuam abordagens distintas, uma comparação e um diálogo entre esses três pensadores explicita a importância dessa constelação de questões para a teoria crítica.

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