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Cartografias, imagens e outras expressões gráficas: O contexto da crise hídrica
Author(s) -
Hervé Théry,
Neli Aparecida de Mello-Théry
Publication year - 2015
Publication title -
geousp
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2179-0892
pISSN - 1414-7416
DOI - 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2015.107568
Subject(s) - physics , humanities , geography , philosophy
O Brasil está incluído entre os países de maior reserva de água doce, com 13,8% do deflúvio médio mundial e uma disponibilidade hídrica per capita variando de 1 835 m3/hab./ano, na bacia hidrográfica do Atlântico Leste, a 628 938 m3/hab./ano, na bacia Amazônica. A disponibilidade de água é de fato extremamente desigual, opondo a região Norte, a melhor dotada, ao Nordeste, cujo interior é marcado por um clima semiárido, ao qual se agrega o solo permeável, que provoca a frequente intermitência dos rios. A presença de grandes aquíferos subterrâneos atenua esse déficit, mas apenas parcialmente. Assunção & Bursztyn identificaram que 68,5% da água disponível no Brasil situa-se na Amazônia e 15,7% no Centro-Oeste, as regiões menos povoadas, enquanto que nas três regiões mais povoadas, o Sul tem apenas 6,5%, o Sudeste 6% e o Nordeste 3,3 % dos recursos hídricos. A crise que vive atualmente São Paulo não é puramente conjuntural, mas estruturalmente relacionada a uma situação ou um Estado muito populoso e mais ainda uma das maiores cidades mundiais tem recursos hídricos muito reduzidos.

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