Variações formais em um sistema generativo: o sintagma como hipótese de controle semântico

A definição dos meios para controlar o processo generativo em um sistema computacional que aspira automação em projeto depende de como entendemos e organizamos as informações codificadas no programa. Trata-se de um problema que deve ser considerado à luz de questões contingentes, como propósito e definição do usuário. Vinculado a uma estratégia de pesquisa pelo projeto, este artigo aborda a elaboração de uma definição de Rhinoceros/Grasshopper como apoio ao ensino de projeto ilustrando as relações entre elementos de fachada em edifícios de estrutura independente. O processo generativo produz variações compositivas por meio da seleção e deslocamentos de elementos arquitetônicos. O desenvolvimento do módulo de controle do algoritmo implica em considerar o principal propósito pedagógico deste projeto: promover compreensão da manipulação formal ressaltando o vínculo entre operações sintáticas e a dimensão semântica da arquitetura. Será apresentada hipótese para endereçar este problema: uma reorganização do módulo controle aprimorando um sistema de filtros desenvolvido anteriormente. Seguindo princípios da Linguagem dos Padrões, de Alexander et al. (1977), buscou-se contornar o problema do tratamento independente das variáveis aproximando precedentes arquitetônicos, cuja combinação de elementos atua em conjunto, criando respostas coerentes a problemas de projeto com demandas múltiplas e conflitantes. A modalidade, denominada “controle por sintagma” – conceito da linguística que se refere a conjunto de palavras ordenado segundo regras sintáticas – busca controlar variações usando padrões combinatórios pré-definidos com base nos precedentes estudados.