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DOI: 10.5935/2318-8219.20180022 A fisiologia da função diastólica é complexa. Resulta da interação de numerosos fatores que envolvem a elasticidade ventricular e forças de restauração que, quando disfuncionais, acabam levando ao aumento da pressão de enchimento. A ecocardiografia é a melhor ferramenta não invasiva, para avaliação da função diastólica. Possibilita a avaliação de diversos parâmetros para análise das diferentes variáveis e suas combinações. Contudo, é justamente na riqueza de informações que oferece, onde reside sua complexidade e dificuldade de abordagem. Na grande maioria dos casos, a função diastólica se modifica lentamente, sendo também lenta sua recuperação, quando possível. Por esse motivo, habitualmente admite-se que a função diastólica é bastante estável, e que suas modificações ocorrerão cronicamente. No entanto, a função diastólica pode modificar-se agudamente, em questão de segundos ou minutos, como ocorre na isquemia miocárdica aguda, nas arritmias ou no ajuste de marca-passos. Poderá permanecer alterada enquanto persistir o fator gerador da disfunção, como ocorre na isquemia prolongada e na sobrecarga de volume, com rápida recuperação após a correção do distúrbio de base. O reconhecimento das variações agudas da função diastólica, constitui uma ferramenta de grande utilidade clínica, particularmente, em emergências, sendo um indicador da resposta terapêutica ou da piora do quadro. Recordemos que a disfunção diastólica é o sinal ecocardiográfico convencional mais precoce de isquemia, na sequência da cascata isquêmica. A disfunção diastólica varia desde a forma incipiente com alterações mínimas, até a forma mais avançada com padrão restritivo, que se caracteriza pelo elevado aumento da pressão de enchimento. O estágio restritivo nos indica o esgotamento ou limite de tolerância dos mecanismos de adaptação, seja especificamente por disfunção diastólica primária, como nas doenças restritivas, ou como resultado final da disfunção sistólica grave. Atualmente se classifica a disfunção diastólica, em três graus progressivos de gravidade.

Are the Latest International Recommendations Sufficient for Diastolic Function Analysis?