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Resumo: As bacias de meteorizacao quimica de escala media, ou “alveolos graniticos” quando entendidos no sentido que Alain Godard lhe conferiu, constituem-se como um dos elementos fundamentais na interpretacao da morfologia granitica portuguesa. Em termos morfologicos, assumem-se como bacias arredondadas, relativamente circunscritas, revestidas por um manto de alteracao com espessura variavel e com uma dimensao que vai desde as centenas de metros ate a dimensao quilometrica. A alveolizacao e o resultado de um compromisso morfogenetico entre fases de alteracao quimica em clima tropical humido e fases de ablacao em clima subtropical seco, encontrando-se a sua genese associada a fatores morfoestruturais, enquanto a sua diferenciacao se deve, no essencial, a fatores morfoclimaticos. O objetivo fulcral do trabalho passa pelo demonstrar que, em condicoes de base estrutural identicas, se observa uma diferenciacao morfologica entre as formas alveolares dos setores do litoral e do interior do Portugal Central, e que assumida como resultante da efi cacia dos processos morfogeneticos (meteorizacao quimica) no quadro das diferencas observadas em torno das condicoes climaticas entre os dois setores. Em termos metodologicos, ao longo das duas decadas em que os distintos trabalhos foram desenvolvidos, foi o trabalho de campo e a fotointerpretacao que estiveram na base da elaboracao de cartografi a geomorfologica de pormenor, associando-se analises quimicas e de porosidades, ou lâminas delgadas, entre muitas outras tecnicas laboratoriais, a que os diferentes autores recorreram. A existencia de varios tipos de alveolos – elementares, complexos, corredores de erosao e mistos – mostra que muitos outros fatores tem de ser tomados em consideracao na compreensao do processo de alveolizacao. Informacoes sobre o Artigo

OS ALVÉOLOS GRANÍTICOS DO PORTUGAL CENTRAL: MORFOGÊNESE E ANÁLISE TIPOLÓGICA DO MODELADO DE DEGRADAÇÃO DAS SUPERFÍCIES APLANADAS.