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RESUMO A queda é um evento de elevada incidência após os 60 anos, sobretudo entre mulheres, e está associada ao aumento da morbi-mortalidade. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil de mulheres idosas atendidas no Núcleo de Atenção ao Idoso da Universidade Aberta da Terceira Idade/UERJ no ano de 2007, em relação à ocorrência de quedas. Foram analisados 81 prontuários quanto a variáveis sociodemográficas, ocorrência e número de quedas no último ano, índice de massa corporal, número de doenças prévias relatadas, número de medicações em uso e testes de triagem positivos para déficit visual, alterações na mobilidade funcional, comprometimento da capacidade funcional, depressão e déficit cognitivo. Do total de idosas estudadas, 50 (61,7%) relataram a ocorrência de uma ou mais quedas no último ano, com predominância na faixa etária de 70-79 anos. A maior parte do grupo que caiu apresentava disfunções nutricionais (60,4%), quatro ou mais morbidades (76%) e sintomas sugestivos de depressão (62%). A média de quedas foi maior no grupo com capacidade funcional intermediária. Conclui-se que é importante incorporar a avaliação do risco de quedas por meio dos testes funcionais na rotina assistencial do idoso, para evidenciar e monitorar, de forma simples e com baixo custo, alterações que demandem intervenções interdisciplinares preventivas, assistenciais e de reabilitação, que contribuam para uma maior expectativa de vida saudável e recuperação ou manutenção da qualidade de vida de idosas que sofreram quedas.

Perfil de mulheres idosas segundo a ocorrência de quedas: estudo de demanda no Núcleo de Atenção ao Idoso da UnATI/UERJ